terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Resenhando: Princesas da Paula + Charles Perrault

Oi gente, tudo bem?
Acordei hoje de manhã e quando fui pesquisar alguma coisa no Google me deparei com um doodle muito fofo, os desenhos que ficam acima do espaço para fazer a pesquisa e geralmente estão representando uma comemoração. Quando eu fui pesquisar, ele era um trabalho da Sophia Diao em homenagem aos 388 anos do Charles Perrault, hoje dia 12 de janeiro, autor das obras Barba Azul, O pequeno polegar, Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida, Cinderela e o Gato de Botas.



          No início do ano passado eu me lembro de ter pesquisado sobre sua vida e obra para um trabalho na escola sobre Literatura Fantástica. O tema era livre e eu resolvi abordar um que envolve os contos de fadas e fiquei muito feliz com o resultado(minha professora também!). E quando observei a arte linda da Bela Adormecida, Cinderela e o Gato de Botas durante o dia de hoje, resolvi que eu também teria que homenagear um dos autores que contribuíram para que eu acreditasse tanto em contos de fadas... E aí entra a segunda autora...
          Pra quem não sabe, a Paula Pimenta participou da antologia de contos O Livro das Princesas, com recontos modernos das histórias das princesas. Depois do sucesso, a Galera Record resolveu fazer um projeto com ela e já temos dois livros, inclusive as princesas do Perrault, Aurora e Cinderela. Vocês já devem ter ouvido falar da Cinderela DJ e de uma bela adormecida que reencontra o príncipe pelo WhatsApp não? Pois hoje vocês terão uma resenha dupla, Princesa Adormecida e Cinderela Pop, criação original da história pelo magnífico Charles Perrault, mas narrada nos dias de hoje, 388 anos depois, nas palavras mais doces do mundo, pela minha escritora favorita. <3



Título: Princesa Adormecida/ Cinderela Pop
Autora: Paula Pimenta
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501034205/ 9788501103581
Páginas: 189/ 156
Classificação: Favoritos!


Cinderela Pop


          Cíntia é uma adolescente normal que está no último ano da escola e que mora com a tia, Helena, irmã da sua mãe, por dois motivos:
1) A mãe é arqueóloga e foi trabalhar do Japão;
2) O pai é  um canalha que quando ela tinha quase dezesseis anos traiu a mãe dela com outra dentro da própria casa.
          Ao longo do tempo a vida da nossa Cinderela moderna foi ficando dark, até que a música entrou para abalar sua rotina e ela começou a gostar do que fazia: virou DJ na empresa do namorado da tia Helena, Rafa.
          Só que um dia, a escola proibiu o uso de celulares em todos os horários, inclusive no recreio, e era somente nesse horário que Cíntia poderia conversar com a mãe devido ao fuso horário do Japão... Ela tem de ligar para o pai para resolver seu problema e eles conversam depois de muito tempo... O pai até concordou em satisfazer o desejo da filha, mas deu uma condição em troca: ir à festa de 15 anos das meias irmãs, filhas da bruxa que causou o tumulto na vida da Cíntia.
          O porém é que nessa festa ela foi contratada para ser DJ. Como ela iria se dividir em duas? Porque se o pai soubesse, ela nunca mais poderia fazer o que mais gosta... E nesse meio tempo aparece o príncipe encantado. Essa história, com Cinderela DJ, uma madrasta bruxa e um príncipe mascarado, você não pode deixar de ler!




          Os livros da Paula sempre tem aquele gostinho de quero mais e aquela mágica hipnotizante que ela coloca em suas palavras. A capa desse livro é tão linda quanto Princesa Adormecida, com o vestido lindo e o all star com símbolos das cartas de baralho...
          A diagramação é encantadora, digna de uma história de princesas, o que fez eu entrar num conto de fadas ainda mais. O livro é pequeno, então a leitura é rápida, dá pra se ler em um dia do tanto que você se envolve com a história da Cíntia e torce por um final feliz tão lindo como o da Cinderela.

"Balancei a cabeça e perguntei onde ele tinha aprendido a mixar.
-Por aí... - foi tudo que ele respondeu. - E você?
-Que coincidência! Aprendi por aí também... Bem que eu vi que te conhecia de algum lugar!"

          A Cíntia com certeza foi uma princesa de verdade durante todo o livro e é uma protagonista com uma personalidade forte e cabeça dura. Até porque, quem não ficaria, com uma bruxa disfarçada de madrasta? Em nenhum momento ela foi o tipo de personagem chata, porque a história dela, apesar de curta, era bordada aos poucos, e fora o desespero dela algumas vezes por tudo estar dando errado, eu senti que a fagulha no coração dela ainda não tinha se acabado. Além claro, dela ser super fashion, com um gosto musical incrível e nunca mais julgou alguém pelo que as pessoas dizem depois de sua história.
          O príncipe dela foi caminhando devagar e conquistando espaço no coraçãozinho quebrado dela, e tem coisa mais fofa do que ele procurando o pezinho de sua princesa para enfim colocar o "sapatinho de cristal"? Eles "aconteceram" tão rápido, mas as circunstâncias levaram a isso. Quando as máscaras são postas, você pode ser quem quiser, mas o seu coração vai sempre ser o mesmo. <3
     Duas personagens lindas que se destacaram pra mim foram a tia Helena e a mãe da Cíntia que mesmo longe sempre esteve com a filha, e a Helena, simplesmente é a fada madrinha que toda garota sonha em ter.
          Agora, ponto extra pra madrasta que consegui torcer para ter o pior final feliz de todos. Quem sabe nos próximos contos de fada os vilões tenham lugar? Porque por enquanto, desde o século XVII, são os personagens do bem que sempre conquistarão o amado felizes para sempre.

Princesa Adormecida






          Anna Rosa foi "criada" pelos tios Florindo, Fausto e Petrônio com muito amor, proteção e cuidado, com 11 anos foi estudar em um colégio interno para dar um pouco de privacidade aos tios que a tratavam como filha e a mimavam muito... Ela não se lembra muito da sua infância até os 5 anos e os tios contaram a ela que os pais morreram em um acidente de carro.
          A razão desse mimo e de toda a vigília é que na verdade, Anna é Áurea, prima do príncipe de um principado perto da França, Liechtenstein. Depois da uma história de amor entre a mãe dela, brasileira, e o pai, europeu, eles encontraram um empecilho que não saía dos pés deles: a bruxa da história, apaixonada pelo pai da Áurea, Marie Malleville. A mulher tentou sequestrar a menina quando pequena a todo custo, quando eles moravam em Liechtenstein, mas quando isso aconteceu de verdade, no casamento dos pais da Áurea, ela foi salva por um garotinho, Filipe, que viu onde a bruxa tinha escondido a princesinha e contou à polícia.
          Marie foi presa, mas logo foi solta o que levou ao desespero de todos pelas ameaças, mas daí a mãe da Áurea decide mandá-la para o Brasil, com medo de ficar sem a filha... E aí a menininha trocou de nome e passou a ser chamada de Anna Rosa e a morar com os tios. A proteção vinha do perigo de Malleville dar um jeito de descobrir o paradeiro da menina a qualquer custo.
          Tentando arrumar um pouco de liberdade, Anna sai com as amigas do colégio interno pela primeira vez para uma festa em seu aniversário e depois de toda a discussão com os tios, porque eles descobrem, ela começa a receber mensagens no celular, de um garoto misterioso... E o melhor de tudo: apesar dela ter um pouco de receio, está gostando realmente dessa pequena adrenalina! Mas será que ela está totalmente livre da bruxa de seu conto de fadas e que vai conseguir rever os pais algum dia?


"Wherever you are
Where will you be
Are you the same or
Dreaming after waiting only for me..."
Rainbow - Colbie Caillat


         Quem ama contos de fadas e Paula Pimenta, por favor, leiam esse livro! A diagramação cheia de mensagens de texto e notícias de jornal é muito linda, além da capa ser deslumbrante e é com certeza a minha preferida entre todos os livros da Paula.
          A história é leve e entramos em mais um conto de fadas sem querer terminar até chegar a última página. Com suas palavras encantadoras e na medida certa, a autora consegue fisgar qualquer um, que goste do gênero claro, mas para quem quer conhecer sua escrita, Princesa Adormecida é uma boa pedida.
          Por ter sido criada praticamente a vida toda pelos tios eu entendo que a Anna seja um pouco desligada do mundo e que queira experimentar coisas novas, já que na verdade ela não sabe de toda a sua história. Ela não é nenhuma protagonista que enjoamos fácil, é aquela garota doce, talentosa e corajosa que torcemos para deixar a tristeza de lado, encarar a vida, sorrir e encontrar o final feliz na próxima mensagem de texto. Tudo acontece como cenas de um filme francês fofo que a cada cena você fica se mordendo para chegar ao final da história... E quando chega, se surpreende.
          O príncipe é ainda mais romântico e com certeza quero colocar dentro de um potinho e guardar dentro do meu coração, se bem que ele já tem uma princesa né? As conversas dos dois foram de pouco em pouco, para não só eles se apaixonarem, nós também! A dinâmica do final foi sem dúvida a melhor surpresa do livro, a Paula não erra uma!
          Fiquei muito feliz de que a Anna pôde ter amigas tão incríveis no internato, que me fizeram lembrar das minhas. :) Outra personagem que me emocionou foi a mãe da Anna. A relação mãe e filha ficou tão bem trabalhada no livro e fiquei me lembrando da minha mãe e de mim no lugar da Anna(ou Áurea) em momentos tão emocionantes e difíceis. Com certeza, um amor incondicional e o mais lindo de todos.
          O livro vai te trazer a Cinderela Pop de brinde em uma festa para ajudar a encontrar o final feliz, vai te proporcionar diversas emoções e sem dúvida, pode apostar que o legado que o Charles Perrault deixou, está sendo conduzido com maestria.


Bom gente, espero que tenham gostado do post, porque eu amei fazê-lo! Até amanhã! E nunca se esqueçam de viver os seus próprios contos de fadas, no mundo real! :)

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